segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Ele saía de casa correndo, mochila aberta, garrafa d’agua vasando e tênis desamarrados.
Ela tentava prender o cabelo, segurar a bolsa e passar o batom.
Ele decidiu parar de correr(mesmo atrasado) para poder fechar a garrafa e a mochila, quanto ao tênis, ele pensou “amarro no ônibus”.
Amarrar o cabelo, ela tinha conseguido, a bolsa ainda insistia em cair e o batom ela desistiu de usar.
Ele corria desesperado, acabara de perder o ônibus e então reclamou em pensamento “ Sabia que um carro resolveria metade dos meus problemas.”
A bolsa finalmente conseguiu o que queria, caiu aberta. Ela simplesmente respirou fundo, se abaixou para pegar o que havia caído e pensou “Será que isso só acontece comigo?”
Ele finalmente conseguiu amarrar os cadarços do tênis e o ônibus chegou.
Ela aproveitou a parada para passar o batom e esperou o ônibus passar para que pudesse atravessar e olhava para o céu.
Ele estava na janela desse ônibus, e procurava seu celular dentro da mochila.
Enquanto ela olhava para o céu azul, típico do verão, ela pensou em como sua vida seria, se no final do dia ela chegasse em casa e o visse no sofá, com os sapatos espalhados e a toalha molhada na cama, então ela começaria a reclamar do dia e dele, então ele se levantaria e daria um beijo nela e diria “Boa noite amor, comprei pizza e o seu suco está na geladeira”.
Ele depois de achar o celular pensou nas mudanças que ele sofreria se ele pegasse o celular e visse uma mensagem dela escrito assim “ Bebs, eu vou chegar mais tarde que você hoje, prepare alguma coisa pra gente comer e por favor, não deixe a toalha molhada em cima da cama. Te amo”.
Talvez eles nem se encontrem e nem vivam esses sonhos, talvez vivam outros e esses fiquem somente na memória. Mas pode ser que um dia eles se encontrem sim, se conheçam e vejam como seria bom se estivessem juntos, por completo, confessariam que não viveriam um conto de fadas, mas que seriam felizes para sempre, e quem ousa dizer que a felicidade deles será impossível?



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